Daniela dos Santos teria recebido propina
A delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto foi alvo de investigações por suspeita de receber propina de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, enquanto atuava na Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em dezembro de 2022, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu mandados de busca e apreensão em sua residência, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
As investigações indicaram que Daniela teria recebido vantagens indevidas para favorecer o esquema de Glaidson, que movimentou cerca de R$ 38 bilhões em transações financeiras irregulares. Além disso, ela e outros policiais civis foram acusados de realizar diligências contra empresas concorrentes da GAS Consultoria e Tecnologia, de propriedade de Glaidson, visando eliminar a concorrência e garantir o monopólio na exploração de pirâmides financeiras na Região dos Lagos.
Em dezembro de 2024, a delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto e três policiais civis foram condenados a dois anos e oito meses de prisão, além da perda do cargo, pelo crime de corrupção passiva. A condenação ocorreu no âmbito da Operação Novo Egito, desdobramento da Operação Kryptos, que prendeu Glaidson em agosto de 2021.
Daniela é casada com o ex-delegado Marcos Cipriano, que também enfrentou problemas judiciais. Em maio de 2022, Cipriano foi preso durante a Operação Calígula, que investigou a exploração ilegal de jogos de azar pelo bicheiro Rogério de Andrade. Posteriormente, ele foi transferido para o presídio de segurança máxima Bangu 1, após ser flagrado utilizando um celular dentro da prisão para se comunicar com Daniela.
Esses casos evidenciam a complexidade das investigações relacionadas ao esquema de Glaidson Acácio dos Santos e os desdobramentos que envolveram membros das forças de segurança pública.